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Ronaldo Ribeiro Jacobina
Ronaldo Ribeiro Jacobina
Cadeira 29
10/10/2018
20:57
Breve história do Patrono da cadeira n. 29 Prof. Dr. Júlio Afrânio Peixoto,

O PATRONO DA CADEIRA 29 DA ACADEMIA DE MEDICINA DA BAHIA  

Afrânio Peixoto nasceu em Lençóis, nas Lavras Diamantinas, Bahia, em 17 de dezembro de 1876.  Filho de Virgínia de Morais Peixoto e o capitão Francisco Afrânio Peixoto. Criado no interior da Bahia, cujos cenários constituem a situação de muitos dos seus romances, sua formação intelectual se fez em Salvador, onde se diplomou em Medicina, em 1897, como aluno laureado. 
Sua tese inaugural, “Epilepsia e crime”, despertou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior. (JACOBINA, 2013)

O Patrono da cadeira n. 29 da Academia de Medicina da Bahia enquanto estudante foi protagonista na liderança de um movimento em defesa da lisura de um concurso para docente. 
 A História nos ensina que as mentalidades não mudam por decretos, pois os processos ideológicos ou culturais têm sua própria dinâmica. Assim, mesmo depois da Proclamação da República, ainda havia uma mentalidade monarquista e escravocrata, inclusive de pessoas que ocupavam posições de prestígio nas instituições daquela época. A Bahia não era exceção e a Faculdade de Medicina da Bahia era um bom exemplo dessa permanência.
Foi nesse cenário que se realizou um dos concursos mais memoráveis na primeira instituição de ensino médico do país. Era a vaga para Lente Substituto da 12ª seção, a cadeira de Moléstias mentais e nervosas, em 1896. Três candidatos se inscreveram para o concurso, sendo Juliano Moreira um deles.
Quando a Congregação designou os cinco membros da banca examinadora, correu pelos corredores da Faculdade a notícia que um dos candidatos contava com a simpatia de três professores conhecidos pelas suas posições escravistas. (PASSOS, 1975, p.16) 
O concurso para Lente Substituto da 12ª seção se iniciou em abril de 1896. Naquele momento, destacou-se o papel da força coletiva dos acadêmicos de Medicina, pois eles decidiram zelar pela lisura do concurso, que era público. Os acadêmicos, sobretudo os sextanistas, sob a liderança de Afrânio Peixoto, acompanharam de perto os exames: prova oral (aula), prova escrita com leitura pública, prova prática e defesa de tese. 

O desempenho de Juliano Moreira foi brilhante: na prova oral “foi aula, não discurso decorado” (PASSOS, 1975, 15); na leitura do ponto da prova escrita, ele dissertou sobre “Miopatias progressivas”; na prova prática foi outra aula para estudantes e leigos. Ao concluir sua defesa da tese de concurso - Discinesias arsenicais (Nova contribuição, estado atual da questão) - foi calorosamente aplaudido, como nas provas anteriores. (PASSOS, 1975, p.16) 

Na seção inicial desta tese em que Moreira se dirigia “Ao Leitor”, ele afirmou que sua experiência como Assistente da Clínica de Moléstias Mentais e Nervosas o animou a pretender conquistar o cargo de Lente Substituto e, com consciência das dificuldades que iria enfrentar, além de uma dose certa de ironia, disse: “por isso que me reconhecendo disprovido dos indispensáveis dotes exteriores que attraem os favores do acaso, nunca passarei tranquillo pelos tramites emocionantes e por vezes espectaculosos de um concurso”. (MOREIRA, 1896, p. I; grifo no original)    

Em 9 de maio, foi divulgado o resultado: um candidato foi reprovado com média três; outro foi aprovado, mas não selecionado para a vaga, com média oito, e Juliano Moreira aprovado. (PASSOS, 1975, p. 16) Justiça se faça aos docentes envolvidos no processo de seleção, pois todos deram a nota máxima ao candidato afrodescendente, reconhecendo o seu mérito. Sua tese de concurso foi considerada um trabalho perfeito e defendido cabalmente. (ALBUQUERQUE, 1933) 
Juliano Moreira foi nomeado em 10 de junho de 1896 e, no seu discurso de posse, destacou o seu próprio esforço e dedicação ao trabalho e ironizou mais uma vez o preconceito racial, desqualificando-o com argumento de cientista: 
A quem se arreceie de que a pigmentação seja nuvem capaz de marear o brilho desta Faculdade, me parece estar vendo a imagem fulgurante da Pátria brasileira (...). Em dias de mais luz e hombridade o embaçamento externo deixará de vir à linha de conta. Ver-se-á então que só o vício, a subserviência e a ignorância são que tisnam a pasta humana quando a ela se misturam ganhando-lhe o íntimo e aí inviscerando o mal(...) (MOREIRA, 1896, p.VIII; grifo no original).

E não deixou de registrar o seu agradecimento aos estudantes da FAMEB, de quem buscou o testemunho:
Mocidade altiva desta escola: eu tenho em vosso seio as testemunhas de que jamais faltei aos deveres dos cargos que me têm sido confiados. A vós, que sereis no futuro a tradição vivaz do presente, a vós, nessa terra de amnésicos, eu tomo por testemunha do modo por que transpus os humbrais desta Faculdade (MOREIRA, 1896, p. IX).

Pelo menos, em duas oportunidades, assim comentou o principal líder dessa “mocidade altiva”, que zelou pela lisura do concurso, o acadêmico Afrânio Peixoto, protagonista desse grande momento de força estudantil, que significou não só a vitória do talento de um candidato à docência, mas também a ação lúcida dos acadêmicos de Medicina da FAMEB contra o preconceito racial. A primeira, na comemoração dos 20 anos de Juliano Moreira à frente da Assistência aos Alienados do Distrito Federal, disse Afrânio Peixoto ao mestre: 

“Conheci-te fazendo um concurso na Bahia tão brilhante, que a grande congregação dos estudantes, a que pertencia, te consagrou, e antes da pequena congregação dos professores” (PEIXOTO, 1923, p.17; grifo nosso); 

Sua segunda fala, foi na homenagem póstuma ao sábio e amigo: 
“Depois de memorável concurso na Faculdade da Bahia, sagrado mestre pela congregação, nós, os estudantes do sexto-anno da occasião, respeitosamente, o elegemos sexta-anista honorário e o convidamos para uma festa de estudantes; elle acceitava título e convite”. (PEIXOTO, 1933, p. 180; grifo nosso)

Afrânio Peixoto iniciou sua carreira docente como Preparador de Medicina Legal na Faculdade de Medicina da Bahia, mas em 1902, ele se transferiu para o Rio de Janeiro, na época, capital federal. 
O primeiro vínculo na capital federal foi o de inspetor de Saúde Pública. Afrânio Peixoto e Juliano Moreira que já se encontravam no Rio de Janeiro desde 1902, no início de 1903, pediram exoneração das funções docentes na FAMEB. Naquele ano, aceitou o convite do diretor e amigo, Juliano Moreira, para trabalhar no Hospital Nacional de Alienados. Ele que tinha apresentado o nome de seu mestre ao político baiano José Joaquim Seabra, que era o Ministro da Justiça e Negócios Interiores, e a Saúde Pública estava entre as atribuições daquele ministério na República Velha. Somente em 1930, foi criado por Getúlio Vargas, o Ministério da Educação e Saúde e só em 1954 seria criado o Ministério da Saúde. Peixoto produziu muitos estudos em coautoria com Moreira, no campo da Psiquiatria e destacou-se, em seus trabalhos individuais, no campo da Psicopatologia forense e na temática do alcoolismo. Ver quadro 1 e 2.

Entre 1904 e 1906, Afrânio Peixoto viajou por vários países da Europa, sobretudo na França, com o propósito de ali aperfeiçoar seus conhecimentos no campo de sua especialidade, aliando também a curiosidade de arte e turismo ao interesse do estudo. Nessa primeira viagem à Europa travou conhecimento, a bordo, com a família de Alberto de Faria, da qual viria a fazer parte, sete anos depois, ao casar-se com Francisca de Faria Peixoto. Sobre sua experiência de estudos no Instituto Pasteur, em Paris, ele “sempre se referia ao que ali ganhou na força do método, como elemento fundamental na sua formação científica”. (LACAZ, 1963, p.40)
Após concurso, em 1906, foi nomeado professor de Medicina Legal e Higiene da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907) e assumiu os cargos de professor extraordinário da Faculdade de Medicina (1911). Quando da morte de Euclides da Cunha (1909), foi Afrânio Peixoto quem examinou o corpo do escritor assassinado e assinou o laudo. 

Em sua carreira docente, foi Professor Catedrático das Faculdades de Medicina e de Direito do Rio de Janeiro. (SOUZA, 1973) Há vários testemunhos que ele considerava o ensino como verdadeiro sacerdócio. “Nunca faltava às aulas e eram três cursos que lecionava, (...), sempre pontual na hora do início e no fim das lições” (LACAZ, 1963, p.40) O terceiro curso referido é provavelmente na área da Educação, onde ele também lecionou, como será visto adiante.
Alguns autores registram sua ferrenha campanha na Academia Nacional de Medicina contra a indicação de Carlos Chagas, pesquisador responsável pela descoberta do agente etiológico (Trypanosoma cruzi), dos vetores e de formas clínicas da Doença de Chagas, para Prêmio Nobel de Medicina de 1921. Houve a “divergência científica” de o bócio endêmico ser “assimilado à tal tripanozomiase”, (...) “para mister impatriótico de gratificar uma fama pessoal com uma calamidade pública”. (PEIXOTO, 1922, fl. III-IV)

Alguns chegam a responsabilizá-lo por Carlos Chagas não ter obtido o prêmio, ante as divergências entre cientistas no próprio país do indicado (MAIO, 1994), mas deve-se ter cautela, pois foram 44 indicados e nenhum premiado. Enquanto Hilário de Gouveia indicou Chagas, outro brasileiro, C.S. de Magalhães, do Rio de Janeiro, indicou Patrick Manson, como destacou Naftale Katz em conferência no XVII Congresso Brasileiro de História da Medicina, São Luís, 9 de novembro de 2012.
Afrânio Peixoto esteve em outros cargos públicos como o de diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro (1915); diretor da Instrução Pública do Distrito Federal (1916); deputado federal pela Bahia (1924-1930); professor de História da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (1932). No magistério, chegou a reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Escreveu uma importante obra de geografia médica: Clima e Saúde. Introdução Biogeográfica à Civilização Brasileira. 
A sua estreia na literatura se deu dentro da atmosfera do simbolismo, com a publicação, em 1900, de “Rosa mística”, curioso e original drama em cinco atos, luxuosamente impresso em Leipzig, com uma cor para cada ato. O próprio autor renegou essa obra, anotando, no exemplar existente na Biblioteca da Academia, a observação: "incorrigível. Só o fogo." Ao vir ao Rio, seu pensamento era de apenas ser médico, tanto que deixara de incursionar pela literatura após a publicação de “Rosa mística”. Sua obra médico-legal-científica avolumava-se. A retomada à literatura foi uma implicação a que o autor foi levado em decorrência de sua eleição para a Academia Brasileira de Letras, para a qual fora eleito à revelia, em 7 de maio de 1910, para a Cadeira n. 7, na sucessão de Euclides da Cunha. Ele estava fora do país, no Egito, em sua segunda viagem ao exterior. Começou a escrever o romance “A esfinge”, o que fez em três meses. O Egito inspirou-lhe o título e a trama novelesca, o eterno conflito entre o homem e a mulher que se querem, transposto para o ambiente requintado da sociedade carioca, com o então tradicional veraneio em Petrópolis, as conversas do mundanismo, versando sobre política, negócios da Bolsa, assuntos literários e artísticos, viagens ao exterior. 

O romance, publicado em 1911, obteve um sucesso incomum e colocou seu autor em posto de destaque na galeria dos ficcionistas brasileiros. Com a trilogia de romances regionalistas - “Maria Bonita” (1914), “Fruta do Mato” (1920) e “Bugrinha” (1922) - foi violentamente criticada pelos modernistas. Outros críticos, por outro lado, destacam a análise psicológica das personagens femininas. Em suas obras, também foi destaque as biografias, como o ensaio Castro Alves, o poeta e o poema (1922). E tenho em minha biblioteca o livro de crônicas escrito com amor para celebrar sua terra natal: Breviário da Bahia (PEIXOTO, 1946). Ver as principais obras literárias no quadro 3.
Segundo o texto oficial da Academia, Afrânio Peixoto era “dotado de personalidade fascinante, irradiante, animadora, além de ser um primoroso conferencista, conquistava pessoas e auditórios pela palavra inteligente e encantadora”. “Como sucesso de crítica e prestígio popular, poucos escritores se igualaram na época a Afrânio Peixoto” (ACADEMIA, 200-?). Por outro lado, o crítico literário Alfredo Bosi, autor do clássico "História Concisa da Literatura Brasileira", fez uma análise contundente sobre algumas das obras literárias de Afrânio Peixoto: "A verdade é que nunca ultrapassaram os lugares-comuns do provincianismo cultural de festejado acadêmico" (ibidem).
Afrânio Peixoto - médico legista, professor, político, crítico, ensaísta, romancista, historiador literário - procurou resumir em sua biografia e o seu intenso labor intelectual exercido na cátedra e nas centenas de obras que publicou em dois versos: "Estudou e escreveu, nada mais lhe aconteceu". Ele faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de janeiro de 1947. 
Em Vitória da Conquista, foi criado, em 1966, o Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto, em homenagem a este médico que fez 71 anos de encantado em 12 de janeiro de 2018. Afrânio Peixoto é nome de rua em Salvador, Fortaleza, Osasco e outras cidades brasileiras. E, mais uma prova de que ele está encantado nos nossos corações e nossa memória, ele é o Patrono da Cadeira n. 29 da Academia de Medicina da Bahia.

Referências
ACADEMIA Brasileira de Letras. Afrânio Peixoto. 200-? Disponível em: . Acesso em: 12/11/2008. 
ALBUQUERQUE, Anselmo Pires de. Notas Biographicas (Prof. Juliano Moreira). Gazeta Médica da Bahia, Salvador, v. 63, n.10-12, p. 817-819, 1933.
JACOBINA, Ronaldo R. Memória Histórica do bicentenário da Faculdade de Medicina da Bahia (2008) – Vol. III – Professores, Funcionários e Alunos da FAMEB.  Salvador: FAMEB-UFBA, 2013.
LACAZ, Carlos da Silva. “Afrânio Peixoto”. In: LACAZ, Carlos da Silva. Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo: Editora Helicomn/Pfizer, 1963. 100p.
MAIO, Marcos Chor. Afrânio Peixoto; notas sobre uma trajetória médica. Revista SBPC, n. 11, p.75-81, 1994.
MOREIRA Juliano. A Mocidade Academica. Discurso proferido pelo Dr. Juliano Moreira ao acto de sua posse do logar de lente substituto da 12ª Secção da Faculdade de Medicina da Bahia. Em 9 de Julho de 1896. Salvador - Bahia: Litho-Typo. E Em. a vapor V. Oliveira & Companhia, 1896.
MOREIRA Juliano. Disquinesias Arsenicais (nova contribuição e estado atual da questão). [Tese de Concurso para o lugar de Lente Substituto da 12a seção] Salvador: Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia, 1896.
PEIXOTO, Afrânio. Carta ao Prof. Miguel Couto, mui digno Presidente da Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro, Acervo da Academia Nacional de Medicina, 8 dez. 1922.
PEIXOTO, Afrânio. Discurso. In: Homenagem ao Professor Juliano Moreira. Archivos Brasileiros de Neuriatria e Psychiatria, Rio de Janeiro, v.5, p.16-22, 1923.
PEIXOTO, Afrânio. Um sábio, mestre e amigo. Arquivos Brasileiros de Medicina, v.23, p. 179-196, 1933.
PEIXOTO, Afrânio. Breviário da Bahia. 2ed. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1946.
SOUZA, Antônio Loureiro de. Baianos ilustres (1564-1925). 2ed. Salvador: Editora Beneditina / Governo do Estado da Bahia, p. 249-250, 1973

Ronaldo Ribeiro Jacobina.
Médico, Professor Titular de Medicina Preventiva e Social, FAMEB-UFBA
2018.

QUADRO 1
ALGUMAS OBRAS EM PSIQUIATRIA DE AFRÂNIO PEIXOTO EM COAUTORIA COM JULIANO MOREIRA
PEIXOTO, Afrânio; MOREIRA, Juliano. A paranoia e os sintomas paranóides. Brasil Médico, 1904.
MOREIRA, Juliano; PEIXOTO, Afrânio. A paranoia e os síndromes paranoides. Arq. Bras. de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins, v.1, n.1, p. 5-33, 1905.
MOREIRA, Juliano; PEIXOTO, Afrânio. Classificação das moléstias mentaes do professor Emil Kraepelin. Arq. Bras. Psiquiatria Neurologia e Ciências Afins, v.1, n.2, p.214-224, 1905.
PEIXOTO, Afrânio; MOREIRA, Juliano. La Paranoia légitime, son origene et nature. Relatório ao15º Congresso Internacional de Medicina. Lisboa, 1906.
MOREIRA, Juliano; PEIXOTO, Afrânio. Les Maladie Mentales au Brésil.     Comunicação ao Congresso Internacional de Psiquiatria. Amsterdam, 1907.
MOREIRA, Juliano; PEIXOTO, Afrânio. Les Maladies Mentales dans les Climats Tropicaux (Relatório ao XV Congrès Int. de Médecine). Arq. Bras. de Psiquiatria Neurologia e Ciências Afins, v. 2, p.222-241, 1927.

QUADRO 2
OBRAS EM MEDICINA LEGAL E PSICOPATOLOGIA FORENSE DE AFRÂNIO PEIXOTO
- Epilepsia e Crime. Tese inaugural. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 1898.
- Grandes Síndromes Mentais: agitação, depressão, confusão. Brasil Médico, 1904.
- Defesa Social contra o Alcoolismo no Brasil. Brasil Médico, Ago. 1904.
- Hospício Nacional de Alienados. Arq. Bras. de Psiquiatria, Neurologia e Ciências Afins, v.1, p.106-121, 1905.
- Violência carnal e mediunidade. Arq. Bras. de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, v.5, n.1-2, p. 78-94, 1909.
- Combate ao alcoolismo e proteção ao álcool motor. Arq. Paulista de Higiene Mental, v.3, n.5, 1930.
- Crimenes passionales. Archivos de Medicina Legal, Buenos Aires, 1931.
- Interdição por toxicomanias. Arq. de Medicina Legal. Lisboa, 1923.
- Psicopatologia Forense. Rio de Janeiro: Liv. Edit. Francisco Alves, 1938.

QUADRO 3
PRINCIPAIS OBRAS EM LITERATURA

Rosa mística, drama (1900); Lufada sinistra, novela (1900); A esfinge, romance (1911); Maria Bonita, romance (1914); Minha terra e minha gente, história (1915); Poeira da estrada, crítica (1918); Trovas brasileiras (1919); José Bonifácio, o velho e o moço, biografia (1920); Fruta do mato, romance (1920); Castro Alves, o poeta e o poema (1922); Bugrinha, romance (1922); Dicionário dos Lusíadas, filologia (1924); Camões e o Brasil, crítica (1926); Arte poética, ensaio (1925); As razões do coração, romance (1925); Uma mulher como as outras, romance (1928); História da literatura brasileira (1931); Panorama da literatura brasileira (1940); Pepitas, ensaio (1942); Breviário da Bahia (1946). 
Além dessas, publicou obras numerosos livros de medicina, história, discursos e prefácios. 

 

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