Academia de Medicina da Bahia Scientia Nobilitat
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José Valber Lima Meneses
José Valber Lima Meneses
Cadeira 48
01/01/2019
20:56
Discurso de Posse na Academia de Medicina da Bahia de José Valber Lima Meneses

Por que o desejo de fazer parte desta Academia?

Aos 10 anos sai da minha cidade natal no interior da Bahia a cidade de Jacobina para estudar em Salvador e ser Médico. Este era o desejo da Família. Aos 18 anos passei no vestibular de medicina da UFBA. Sou da turma de 1978 da qual muito me orgulho. Tivemos professores que considerava como Deuses. Aulas magistrais que embeveciam aos alunos e nos deixava com sede de aprender.

Dentre os vários professores da época citarei apenas alguns com quem tive maior aproximação e admiração: Professor Plinio Garcez de Sena, Nelson Barros, Carvalho Luz, Geraldo Milton, Rogério Lopes, Fernando Didier, Fernando Kleber, Penildo Silva, Zilton Andrade, Mário Augusto Castro Lima, Tripoli Gaudenzi, Erlon Rodrigues, Jaime Viana, Tulio Miraglia, Jones Seabra, Rubim de Pinho, Antônio Natalino Manta Dantas, dentre tantos outros.
A medicina me encantava e a cirurgia cada vez mais. Gostava de frequentar o IML no Terreiro de Jesus onde aprendia as dissecções de cadáver e os ensinamentos do grande professor Aníbal Silvany Filho.
Posteriormente, residências de cirurgia geral e plástica aqui homenageando meus antigos professores e chefes: Prof. José Siqueira, Normando Monte, Gibson, José Veloso.  Na Cirurgia Plástica comecei a trabalhar desde o terceiro ano de Medicina como auxiliar do Dr. Gerardo do Rego Peixoto. O Dr. Peixoto como era conhecido, exercia a Cirurgia Plástica nos Hospitais Português e Aristides Maltez, e era Professor de Cirurgia Plástica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O Prof. Gerardo do Rego Peixoto me encantava com seus ensinamentos, organização e técnica.

Posteriormente, em Barcelona sedimentei meus conhecimentos e técnica com o Prof. Jaime Planas, Catalão, convicto que falava em castelhano apenas quando não tinha jeito. Estive visitando como fellow cirurgiões de vários países na Europa e EEUU dentre os quais destaco o Prof. Ian MacGregor em Glasgow, Paul Tessier e Illouz na França, Thomas Baker e Bruce Oconnel nos EEUU. 
 
Retornando ao Brasil iniciei meus trabalhos como cirurgião plástico no consultório da Garibaldi, junto ao Prof. Renê Mariano e Paulo Rangel urologista. Atuava em diversos hospitais como o HAM sob a direção do Dr. Aristides Maltez Filho, onde iniciei aqui na Bahia a técnica de Reconstrução das Mamas com retalhos Musculo Cutâneo. HA e HPJV, Clínica São Marcos onde atuava nas emergências.  Clínica São Marcos onde conheci o Dr. Antônio Brandão a quem homenageio. No HCRS trabalhava junto ao Dr. Nonato Fontes, recém chegado da Residência em Berlim companheiro de jornadas, atual secretário da SBCP regional Ba, no qual fui eleito o atual Presidente. Sedimentava nossas técnicas de aprendizado e realizava grandes cirurgias. Gostava muito da estética sempre viajando, sedimentando e aprendendo técnicas e tecnologias, sendo uma delas bastante noticiada pela imprensa aqui na Bahia quando trouxe da Espanha os fios de Ouro e comecei a implanta-los em Salvador. Aprendi Laser, Peelings e cuidar da pele com o Prof. Rômulo Mene, Professor da Santa Casa do Rio de Janeiro a quem também presto aqui minha homenagem. Os primeiros tratamentos com Laser em Salvador foi realizado por um grupo de médicos dentre quais fazia parte este vosso Confrade e que tinha o Itaigara   Memorial como patrono na pessoa do Dr. Rafael Amoedo.  
Em 1995 após aprovação em primeiro lugar de concurso entrei como Prof. Adjunto de Cirurgia Plástica da UFBA, cujo professor, Chefe da Disciplina e Coordenador da Residência de Cirurgia Plástica o Prof. José Neiva, Ali sedimentei grandes amizades e obtive apoio de grandes professores dentre os quais destaco o Prof. André Ney, Prof. Odonne Braghiroli Neto, orientador da tese de Doutorado junto a profa. Maria Clara Melro, Prof. Antônio Natalino Manta Dantas, Prof. Jorge Luiz Andrade Bastos, dentre outros.
            
Com o Prof. José Neiva chefe da Residência e disciplina de Cirurgia Plástica, trabalhei até a sua aposentadoria, apesar de não ter sido seu aluno, foi um salutar período de trabalho e administração.
Após sua aposentadoria assumi a disciplina e a Regência do Serviço de Cirurgia Plástica do HUPES. Já contando com o Prof. Marcelo Sacramento Cunha, abrimos mais uma vaga para professor e solicitamos ao MEC abertura de vagas para Residentes. Hoje temos uma Residência de Cirurgia Plástica com entrada de 4 residentes novos por ano e considerada uma das mais qualificadas do Brasil. Vem alunos das várias regiões do Brasil.

Fui Chefe e Vice-Chefe de Departamento, procurando sempre a melhora da qualidade de ensino e aprendizado do alunato.
 
Atual Vice-Diretor da Faculdade de Medicina da Bahia no mandato do Prof. Luis Fernando Fernandes Adan, pude entender todo o funcionamento de uma Faculdade de Medicina. É uma honra para mim estar participando ativamente e aprendendo todo o desenrolar do Ensino e Pesquisa na Academia. O Prof. Adan como lhe chamo, é uma pessoa polida, gentil, cumpridor de suas tarefas com honradez e seriedade, tendo como meta valorizar o ensino e o engrandecimento da nossa Faculdade de Medicina primaz do Brasil.

Gostaria de destacar um Professor que muito me influenciou na pesquisa dentro da Universidade. O Prof. Gildásio de Cerqueira Daltro. Conseguiu uma bolsa de pesquisa para mim e iniciamos um trabalho de pesquisa inédito de Células Tronco, que foi apresentado para que eu pudesse participar desta Egrégia corporação. Este trabalho permitiu que o autor fosse convidado para conferências em vários lugares do mundo como EEUU, Itália, Espanha e Índia. O Prof. Daltro é o meu grande incentivador na pesquisa, um pesquisador nato, amante da tecnologia, desenvolvedor de técnicas, autor de diversos livros, amigo dos estudantes.

A apresentação deste trabalho de pesquisa inédito “Nova Abordagem no Tratamento de Pacientes com Úlcera Falciforme” permitiu a minha entrada como membro desta Academia ocupando a cadeira número 48 cujo patrono era o Prof. Aluízio Rosa Prata. 

Como na plateia tenho certeza que alguns convidados não sabem o que significa a Academia de Medicina da Bahia vou resumidamente relatar.


A história da Academia de Medicina confunde-se com a história do Brasil. É parte integrante e atuante na evolução da prática médica no país. Fundada ainda no reinado do imperador D. Pedro I, em 30 de junho de 1829, mudou de nome 2 vezes, porém sem mudar seus objetivos. 

Sua meta principal é contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública, e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do governo sobre questões de saúde e educação médica. A Academia também promove Congressos Nacionais e Internacionais, Cursos de Extensão e Atualização, Distribuição de Prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.

Academia de Medicina da Bahia é uma importante sociedade científica do Estado  da Bahia. Foi fundada por Jayme de Sá Menezes, ex-membro da Academia de Letras da Bahia, ex-secretário estadual de saúde e ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia. Foi um ex-presidente, Geraldo Milton da Silveira, desta academia que fundou a Academia de Medicina do estado vizinho, a Academia Sergipana de Medicina. 


Aluízio Rosa Prata nasceu em 1º de junho de 1920, em Uberaba, Minas Gerais, numa família de fazendeiros. Aos oito anos foi encaminhado para o colégio interno - o Colégio Marista -, que tinha uma disciplina muito rígida. Quando terminou o ginásio Aluízio, com 17 anos, foi para o Rio de Janeiro.
O Prof. Aluízio Rosa Prata era mineiro de Uberaba. No ano de 1945, graduou-se em Medicina pela Universidade do Brasil (Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, na atualidade vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro). 

No Rio trabalhou em vários hospitais, já tinha gosto pelo estudo e pensava em se dedicar mais às doenças do Brasil, como a esquistossomose e a Doença de Chagas.  Formado, clinicava na Marinha, já tinha feito concurso, e pesquisava ao mesmo tempo. Conversava muito com pessoas que tinham voltado de Mato Grosso e aqui seria um lugar interessante para começar a vida. Fez o concurso e fui para Ladário, em Corumbá."  
Aluízio estudava muito, assinava 15 revistas médicas internacionais, estava sempre se atualizando e foi se dedicando cada vez mais às doenças infecciosas. Ficou apenas 2 anos.
 Conseguiu ser transferido de volta para o Rio de Janeiro, montou um consultório e clinicava em três hospitais. Conheceu então os irmãos José e Hélio Pellegrino, médicos mineiros como ele, que gostavam de fazer pesquisa, e se interessou pela área. Estava entre amebíase, onde o forte era no Pará, e esquistossomose, forte na Bahia, que foi para onde decidiu ir. 
"Na Bahia, viu que o pessoal não gostava de trabalhar com esquistossomose porque tinha muito, eles gostavam de doenças raras. Então tornou-se representante da Bahia em diversas reuniões nacionais sobre esquistossomose." Ele mesmo fazia os exames de fezes, já tinha então 150 doentes e vários resultados. Foi representar a Bahia numa reunião em São Paulo, e lá se abriu um outro mundo para ele. "
Na Bahia, durante as décadas de cinquenta e sessenta do século passado, revigorou a Escola Tropicalista Baiana, fundada pelos eminentes Professores Wücherer, Silva Lima e Patterson.
O médico trabalhou muitos anos na Bahia, outros tantos em Brasília, e depois voltou para Uberaba. Tornou-se professor catedrático de Doenças Tropicais e Infecciosas e fundou diversos centros de pesquisa e cursos de pós-graduação na área, em todos os estados em que trabalhou. Teve diversos cargos importantes nas universidades e em comissões e órgãos do governo, representou o Brasil na Unesco em sua área e atuou em diversos organismos internacionais, pois tornou-se um dos maiores especialistas mundiais em esquistossomose, atuando inclusive na Organização Mundial de Saúde (OMS). Foi editor de diversas revistas científicas especializadas e fundou a Sociedade Latino Americana de Medicina Tropical. 
Na Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) da Universidade Federal da Bahia e no Hospital Naval de Salvador, iniciou suas atividades acadêmicas e de pesquisa. Após estágio, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o Prof. João Alves Meira, prestou, na FMB-UFBA, o concurso de Livre Docência com Tese sobre o Quadro clínico e laboratorial do calazar.
Logo depois, concorreu à Cátedra de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMB-UFBA, sendo aprovado com grande distinção e louvor em sua Tese sobre a “Biópsia retal na esquistossomose mansoni: bases e aplicações no diagnóstico e tratamento”, com a qual demonstrou como os ovos de Schistosoma mansoni, descoberto na Bahia pelo Prof. Manoel Pirajá da Silva, migravam pelas paredes intestinais; essa Tese constituiu um marco no conhecimento científico dessa endemia brasileira, pois permitiu avaliar a ação de novas drogas contra Schistosoma mansoni. Empossado Catedrático da FMB-UFBA, criou, no Hospital das Clínicas (atual Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos), a Enfermaria de Doenças Infecto-Parasitárias, conhecida por gerações de estudantes de Medicina como Enfermaria TA (enfermaria “A” do andar térreo).
Entre os anos de 1956 e 1971, enquanto esteve na Bahia, publicou 101 artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras, e passou a ser reconhecido como “Expert” em Medicina Tropical pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com marcante participação, entre os anos de 1968 e 2009, como Membro Titular do Comitê de Especialistas da OMS na cidade de Genebra (Suíça).
Ainda na Bahia, dirigiu a Fundação Gonçalo Moniz - atual Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz; e realizou o I e o II Seminários sobre a Esquistossomose mansônica, com muitos convidados estrangeiros do Egito, de países subsaarianos, dos Estados Unidos e de países europeus. Costumava dizer que “de onde havia pesquisadores no mundo, sobre esquistossomose mansônica, trouxe para a Cidade da Bahia”. Esses Seminários mudaram o entendimento sobre a esquistossomose, cujos Anais, publicados sob o patrocínio da Marinha do Brasil, foram amplamente divulgados para todo o mundo.
Em 1971, o Prof. Prata requereu a transferência para a Universidade de Brasília, onde criou o Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição, e proporcionou grande incremento ao estudo das chamadas Doenças Tropicais, especialmente após a criação do Curso de Mestrado em 1972. Conservou, porém, os seus vínculos com a Bahia, mantendo e supervisionando as áreas de pesquisa em Caatinga do Moura, São Felipe, Corte de Pedra, Catolândia, Brejo do Espírito Santo, além de criar novas áreas de estudo nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rondônia e Amazonas. Nessas áreas, sob sua coordenação e orientação, seus discípulos e orientandos estudaram a esquistossomose, a malária, a doença de Chagas, o calazar, a leishmaniose tegumentar americana, a febre negra de Lábrea, as hepatites e outros agravos à saúde humana nos trópicos do Brasil, úmido e seco.
Em Caatinga do Moura distrito de Jacobina, zona endêmica de Schistosoma o Prof. Aluízio Rosa Prata contou com a colaboração do Dr. Florivaldo Barberino, meu sogro, médico geral e sanitarista, diretor da Dires e que dava todo apoio local ao professor. O Dr. Flori foi homenageado em Brasília pelo pesquisador.
Em 1966, havia criado na Enfermaria TA do Hospital das Clínicas da Bahia, o Curso de Aperfeiçoamento em Medicina Tropical. Este curso foi continuado na Universidade de Brasília e, a partir de 1987, quando foi aposentado, instituiu-o na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (Uberaba), o qual é ofertado anualmente, pelos seus discípulos de Uberaba. Destinado originalmente para médicos do Brasil, da América Latina e da África, também recebeu médicos da Europa e, talvez, seja o curso de especialização mais longevo existente no Brasil. Atraindo médicos do Brasil e do exterior interessados em Medicina Tropical, esse curso também permitiu a avaliação e a seleção mais precisa de potenciais candidatos ao Mestrado.

Aluízio Rosa Prata recebeu a Comenda da Ordem do Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores (1974), o Prêmio Alfred Jurzykovski da Academia Nacional de Medicina (1980), a Medalha Capes 50 anos (2001), a Medalha da Ordem do Grande Mérito da Saúde do Governo do Estado de Minas Gerais (2002) e, no mesmo ano, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico do Presidente da República do Brasil. E ainda orientava alunos na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, em Uberaba.

Enquanto viveu, o Prof. Prata concentrou esforços no desenvolvimento da pesquisa e na formação de pesquisadores em Medicina Tropical que hoje pontificam em várias instituições de ensino e de pesquisa do Brasil e do exterior. Publicou 418 artigos científicos; orientou 56 mestrandos ou doutorandos; autor de inúmeros capítulos de livros, relatórios técnicos e trabalhos de extensão. Foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, da Academia Nacional de Ciências e da Academia Mineira de Medicina; Membro Honorário da Royal Society of Tropical Medicine and Higiene; Membro fundador e dirigente do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu), do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu), da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; Editor-chefe Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; e Professor Emérito da UFBA, da UnB e da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Por tudo o que realizou pela Medicina Tropical e pelo Brasil, os Discípulos do Prof. Aluízio Rosa Prata agradecem à Direção da FMB-UFBA pela aposição deste quadro a óleo na Sala da Congregação, onde estão apostos os quadros dos Professores Catedráticos ou Titulares da FMB desde o ano de 1808.

Agradecimentos

Doravante irei ocupar a cadeira número 48 desta Academia, esperando substituir com dignidade e honra esse importante Acadêmico que teve sua vida dedicado a pesquisa ao ensino e ao engrandecimento da medicina no Brasil.
Sou eternamente grato aos Acadêmicos que me distinguiram com sua escolha, por meio de minha atuação profissional, de minhas atividades acadêmicas e dos princípios éticos e humanísticos que tem norteado a minha vida, assumo o compromisso de honrar a tradição e a rica história da Academia de Medicina.

A Academia de Medicina da Bahia todos os Confrades e Confreiras, especial ao Prof. Dr. Antônio Natalino Manta Dantas pelo seu apoio, conselhos e amizade.

Aos professores da FMB Ba;

Aos meus Chefes de Serviços;

Aos Colegas, Médicos, Funcionários, Alunos, da FMB Ba, HUPES, Clinica Nova Face;

A Família, Meus Pais, Meus Tios Primos, Irmãos, Sobrinhos, Nora e Neta;

A Florisa e meus filhos que souberam suportar o peso de uma missão com amor e paciência;

Aos meus Amigos, Companheiros de cada dia. 


Neste momento quero agradecer a todos que me prestigiam com a sua presença nesta solenidade.

Muito Obrigado!
 

Academia de Medicina da Bahia
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