Academia de Medicina da Bahia Scientia Nobilitat
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Maria Betânia Pereira Toralles
Maria Betânia Pereira Toralles
Cadeira 09
10/10/2018
20:00
Discurso de Posse na Academia de Medicina da Bahia de Maria Betânia Pereira Toralles

EXCELENTÍSSIMO SR. PROF. DR. ANTÔNIO CARLOS VIEIRA LOPES,
M.D. PRESIDENTE DA ACADEMIA DE MEDICINA DA BAHIA
EMINENTES MEMBROS DA MESA DIRETORA DESTA SOLENIDADE
EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES PRESENTES

ILUSTRES ACADÊMICOS
SENHORAS, SENHORES

Ao ser aceita nesta Casa, não sei se falo primeiro da HONRA ou da GRATIDÃO de estar aqui, entre os luminares da Medicina baiana. A honra de compartilhar o quadro de Membros Titulares ao lado de mestres ilustres, alguns deles meus professores, para alegria minha, exalta minha sensibilidade ao pensar nessa nova convivência. No entanto, como resistir fazer parte de um sodalício sediado na mais antiga Faculdade de Medicina do país, ao lado de inteligências privilegiadas, podendo colaborar para o seu desenvolvimento, aqui onde pontifica sua incrível beleza arquitetônica que a todos encanta e a mim mais do que a todos? Impossível.

Acho-me aqui, hoje, plenamente recompensada com a distinção que me foi concedida por essa elite científica e cultural tendo à frente seu insigne Presidente Professor Doutor ANTONIO CARLOS VIEIRA LOPES que sabe somar esforços para lutar pela grandeza da Academia. Fazer parte de tudo isso é uma honraria que dignifica qualquer profissional. Aos que me concederam o privilégio de estar aqui hoje, meu reiterado agradecimento de agora e sempre, rendendo as merecidas homenagens aos vultos estelares que a compuseram e a compõem. E comigo, a Medicina, os pacientes e a Bahia serão eternamente gratos, neste momento em que testemunhamos uma era especialíssima da nossa história, quando a voz das ruas ressurge pedindo mudanças e soluções. A saúde também se levanta em tais solicitações, com e sem ideologias, mesmo sem influências partidárias, mesmo sem muitas vezes conseguir o que pretende para a sua atividade, mas sempre esperançosa em consegui-las um dia. 

É nas Academias que o passado, o presente e o futuro se fundem e se entrelaçam. Felizes aqueles que tiveram mestres do quilate dos que aqui viveram e dos atuais. 

Passo então ao principal tema da minha fala, que é o panegírico, a homenagem ao patrono da Cadeira 9, que tenho a alegria de, a partir de agora, ocupar. Refiro-me àquele que dá nome à Cadeira e cujo brilho ainda resplandece nos vetustos corredores e salas da velha Faculdade de Medicina: o professor catedrático de Parasitologia ANTÔNIO LUÍS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE DE BARROS BARRETO.

Esse pernambucano, nascido no Engenho do Meio da Várzea, nos arredores de Recife, em 11 de maio de 1892, filho de D. Teresa Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barreto e Ignácio de Barros Barreto, político do Império e bacharel em Direito. Como era de praxe na época, seus estudos primários foram ministrados por professores particulares. Depois frequentou o Ginásio Pernambucano e diplomou-se em Ciências e Letras em 1910.

Barros Barreto casou-se com D. Maria Constança Góis Calmon de Barros Barreto, com quem teve cinco filhos. Aluno laureado da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com direito a retrato no Panteon, aprovação total com distinção, participou de inúmeras atividades ao longo do seu curso, a maioria delas a convite, inclusive de Oswaldo Gonçalves Cruz para continuar na Seção de Zoologia, onde desenvolveu sua tese de doutoramento intitulada Revisão da Família Subulurinæ. Fez internato no Hospital Central do Exército, em 1914, no Rio de Janeiro. Concursado, prestou serviços no Instituto Manguinhos, classificando-se sempre nos primeiros lugares. Ainda quintanista de Medicina, em 1915, prestou concurso para o cargo de auxiliar acadêmico no Serviço de Assistência Pública da Prefeitura do Distrito Federal e de interno na Clínica Dermatológica e Sifilográfica da Faculdade carioca, sempre brilhante nas classificações. Também trabalhou, de 1917 a 1920, em diversas comissões científicas, como a de Estudos de Biologia Marinha, na Ilha Grande, e a de Pesquisas, sobre a etiologia e epidemiologia da febre amarela no Nordeste brasileiro, tendo visitado Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Em 1921, viajou para os Estados Unidos, como detentor do Prêmio de Viagem, frequentando a John Hopkins University, onde foi diplomado como Doctor in Public Health, com a tese The action of X-rays on basal metabolism. Da América seguiu para a Europa, para cursos de especialização no Hôpital Saint-Louis de Paris e no Charité Krankehaus, em Berlim, entre outros.

Retornando ao Brasil, em 1923, chefiou a seção de Propaganda e Educação Sanitária do Departamento Nacional de Saúde Pública, no Rio de Janeiro, participando de congressos e outros eventos em 1924, ocasião em que fundou a Sociedade Brasileira de Higiene com outros colegas. Veio para a Bahia, por promoção, em outubro de 1924, para dirigir os programas da saúde pública estadual, contando sempre com o apoio dos governadores Góis Calmon, Batista Soares e Juracy Magalhães.

Sempre na área da Higiene e Saúde Pública, participou e organizou vários congressos em Salvador, São Paulo e Pernambuco, ocasião em que teve a oportunidade de estar ao lado de figuras de destaque científico, como Clementino Fraga Júnior, Afrânio Peixoto e Miguel Couto.

Na área acadêmica, foi docente livre de Higiene em 1926 e de Parasitologia, na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1934, por concurso e obtenção de grau 10 por toda a banca examinadora, em todas as provas. Catedrático em Parasitologia, diplomou-se também em Farmácia, na Bahia, em 1937. Foi, até 1937, professor catedrático de História Natural, no célebre Ginásio da Bahia. O patrono da Cadeira 9 proferiu aulas magnas, examinou concursos em várias faculdades, na Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, paraninfou turmas e residiu por seis meses nos Estados Unidos, comissionado pela universidade baiana e pela Faculdade de Filosofia da Universidade da Bahia, para estudar os métodos de ensino da Parasitologia e Geologia, em 1951.
Na vida associativa, o mestre fez parte de inúmeras instituições científicas e culturais, tais como: 1. No Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Dermatologia; Sociedade de Medicina e Cirurgia; Sociedade Brasileira de Biologia; Sociedade Brasileira de Ciências; Sociedade Brasileira de Higiene do Rio de Janeiro. 2. No exterior: membro da American Public Health Association; American Social Hygiene Association; membro correspondente da Sociedade Cirúrgica Del Guayas-Guayaquil-Equador. 2. Na Bahia: fundador e primeiro presidente da Associação dos Docentes Livres da Faculdade de Medicina da Bahia; membro da Liga Bahiana contra a Mortalidade Infantil; sócio fundador da Sociedade de Pediatria da Bahia, da Liga Bahiana contra o Câncer e da Fundação Antituberculose Santa Terezinha; membro da Fundação Santa Luzia; Instituto Geográfico e Histórico da Bahia; Sociedade Médica dos Hospitais; Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose; sócio fundador da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos; Associação dos Professores da Bahia; Ala das Letras e das Artes – Bahia; Associação Bahiana de Medicina, Sociedade de Medicina Social e do Trabalho; Associação Bahiana de Imprensa e presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia.

Foi Membro Titular da Cadeira 5 da Academia de Letras da Bahia, em 1948, tendo sido saudado pelo prof. Francisco Peixoto de Magalhães Netto.

Exerceu vários cargos públicos, tais como Chefe do Laboratório do Serviço Federal de Febre Amarela no Nordeste (1919); do Distrito do Serviço de Saneamento Rural do Estado do Paraná (1924); do Serviço de Saneamento Rural no Estado da Bahia (1924 a 1930); Diretor Geral de Higiene no Estado da Bahia (1924), Diretor Geral de Saúde Pública, em substituição ao Prof. Aristides Novis (1924); Subsecretário de Estado da Saúde e Assistência Pública na Bahia (1929-1930); e Secretário de Educação e Saúde Pública na Bahia (1935-1937).

O professor Barros Barreto participou de várias obras e publicou 83 trabalhos científicos versando sobre temas diversos, como espécies helmintológicas, notas entomológicas, soroterapia na febre amarela, estudos sobre mosquitos e outros insetos; relatórios sobre saneamento rural; importância da educação e propaganda sanitária na defesa da saúde coletiva, Código Sanitário do Estado da Bahia (1925); estudos epidemiológicos sobre as gastroenterites infantis (tese de concurso para a docência livre de Higiene), ciclo evolutivo do Aedes ægypti em Salvador; alcoolismo; doença de Chagas; riqueza bacteriana e índice cólico nas águas de abastecimento à Cidade do Salvador-Bahia; radioterapia do câncer uterino e das amígdalas; micoses, fungos; e Compêndio de Parasitologia.

Como outros professores, em que pese a força de seu gênio e a abrangência de sua brilhante atuação, morreu extremamente pobre, em 26 de junho de 1954, quando regressava de uma estação de cura em Caldas de Cipó. Seu corpo foi velado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, e o sepultamento foi no cemitério do Campo Santo, com grande acompanhamento e homenagem de diversos oradores, como noticiou a imprensa da época.

Este resumo, que não faz justiça às atividades e à atuação do mestre Barros Barreto nas áreas médica e afim, não poderia estender-se mais, apesar do material existente para tanto. O tempo é curto para falar de duas personalidades magnas, figuras de proa da ciência na Bahia e no Brasil: o retratado acima, patrono da Cadeira 9 que tenho agora a honra de ocupar, o Professor Antônio Luís Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barreto; e o ilustre Professor Doutor ROBERTO FIGUEIRA SANTOS, sobre o qual discorreremos a seguir, alçado a Membro Emérito desta Academia, que assim distingue alguns de seus membros premiando-lhes a seriedade, a honestidade, a sensibilidade, a competência e a ética.

O Prof. Dr. ROBERTO FIGUEIRA SANTOS nasceu em Salvador, Bahia, em 15 de setembro de 1926 onde viveu sua infância, filho de EDGARD REGO SANTOS e CARMEN FIGUEIRA SANTOS. Sempre gostou de estudar, no exame de admissão e nos cinco anos de ginásio obteve as melhores notas. Aos onze anos, com apoio de sua genitora montou um laboratório de química no porão da sua casa. Estava ali o nascedouro do cientista. Anos depois ingressou na faculdade de Medicina, formando-se em 1949 aos 23 anos. Especializou-se nos Estados Unidos entre 1950 a 1953, com participações na atividade clínica e em trabalho de pesquisa dos hospitais das universidades da Cornell, Michigan e Harvard. Ao retornar à Bahia em 1953, preferiu dedicar-se ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia, frustrando a expectativa de alguns familiares e amigos que preferiam vê-lo à frente rendosa atividade na clínica privada. Decidiu dedicar-se exclusivamente ao Hospital, Iniciando assim um novo regime de trabalho denominado mais tarde de " dedicação exclusiva". 

Em 1953, depois da defesa de tese de doutorado, em Salvador, recebe o título de professor de Ciências Médico-Cirúrgicas pela UFBA. No ano seguinte foi aprovado em concurso de provas e títulos para livre docente de clínica Propedêutica na mesma universidade. Após dois anos de atividade, em 1956 foi nomeado Professor Catedrático de Clínica Médica, defendendo a tese intitulada " Da Regulação Renal e Extra-renal do Equilíbrio Acido Básico”. Observa-se que o Professor Roberto Santos, produziu três teses e submeteu-se a dois concursos de títulos e provas entre 1953 e 1956, no curto período de três anos. Além da grande quantidade de livros trazidos dos Estados Unidos, mantinha a assinatura de nada menos que trinta revistas científicas, todas elas pagas com recursos próprios. Foi essa a única maneira de suprir a irregularidade do acervo das bibliotecas locais, declarou ele posteriormente.

"A universidade era sua vida, e sua vida dava vida a universidade." como pronunciou a sua discípula Prof.ª  Eliane Azevedo 

 A incansável busca por atualização científica levou o professor de volta aos EUA nos anos de 1961 e 62, para o hospital de Massachusetts, para desenvolver pesquisa sobre hormônio diurético na circulação sanguínea.

Nos primeiros dez anos de atividades científicas na UFBA, o professor publicou 5 artigos em revistas internacionais do mais alto nível, além de 3 outras publicações em revistas nacionais.

Tudo isso como produto de trabalho científico desenvolvido na Bahia. Ainda hoje, publicar nessas revistas, atualmente denominadas de alto impacto é privilégio de poucos; imagina-se o significado dessas publicações para o prestígio da pesquisa médica local, em âmbito internacional. 

Casou-se em 1963 com Maria Amélia Menezes, sendo pai de 6 filhos.

Além da pesquisa o professor Roberto Santos revelou as suas preocupações com a questão do ensino superior no Brasil e com a qualidade da formação médica profissional. Por reconhecimento às suas atividades notáveis, em 1964 foi nomeado pelo presidente da república, membro do Conselho Federal de Educação, e reconduzido em 1968.

Secretário da Saúde do estado da Bahia no governo de Luís Viana Filho, deixou o cargo em julho de 1967, para ser Reitor da UFBA. No exercício do cargo de Reitor o professor percebeu a importância da implantação da reforma Universitária no País e colocou a UFBA como carro chefe nacional dessa transformação. A Bahia tem o privilégio de ser a célula manter do ensino superior no Brasil, fato que nos orgulha, mas que também consolida visões com raízes mais conservadoras ao passado e às vezes mais resistentes a mudanças. Instituiu também os cursos de pós-graduação em nível de mestrado. Destacamos aqui algumas ideias básicas que redefinem a UFBA na gestão do professor Roberto Santos: Integração da Universidade, reformulação da cultura didática, diversificação dos currículos e incentivo à pesquisa, entre outras.

Em 1969, Roberto Santos foi empossado no Conselho de Educação Superior das Repúblicas Americanas, órgão vinculado ao Instituto Internacional de Educação, sediado em Nova York. Em 1971 foi condecorado com a Ordem do Mérito Educacional do estado da Bahia e a Ordem Nacional do Mérito Educativo no grau de Grande Oficial.

Após o cumprimento do cargo de Reitor, em 1073 foi eleito Presidente do Conselho Federal de Educação e reeleito em 1974, quando renunciou ao cargo para concorrer ao governo da Bahia.

Governou a Bahia no período 1975/1979, Como governador, criou o Museu de Tecnologia, em Salvador e os Centros Sociais Urbanos em todo o estado. Foi ainda implantado em sua gestão o Polo Petroquímico de Camaçari.

Imediatamente após o término do seu mandato de Governador retornou a Universidade, reassumindo sua posição de professor, ensinando a alunos do curso de pós-graduação. Completado seu tempo de magistério, o professor requereu sua aposentadoria no real e efetivo exercício do cargo de PROFESSOR TITULAR DE CLÍNICA MÉDICA DA UFBA. Anos mais tarde o conselho universitário da UFBA reconhecendo seus inquestionáveis méritos concedeu-lhe o título de PROFESSOR EMÉRITO.

Em 1985-86 foi presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) EM 1986-87, MINISTRO DA SAÚDE, onde chefiou as delegações na 39ª Assembleia Mundial de Saúde e na 32ª Conferencia Sanitária Pan-Americana. Nesse mesmo ano foi indicado membro do comitê regional da Organização Mundial de Saúde para as Américas e no período de 1987/1990 foi representante do Brasil no conselho diretor da Organização Mundial de Saúde, em Genebra, Suíça.

No período de 1995-1998 exerceu o mandato de deputado Federal pelo PSDB 

Em 1995, por nomeação do PRESIDENTE DA REPUBLICA tornou-se membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia renovado para nova recondução até 2005. 

Em 2000 foi eleito Membro da Academia de Medicina e em 2004 Membro da Academia de Educação da Bahia tornando-se presidente no mesmo ano.

O amor pela ciência o acompanhou por toda a sua trajetória. Eis a prova: em 2010, aos 84 anos, idealizou, criou, regulamentou e deu vida plena a Academia de Ciência da Bahia.

Por fim permitam-me afirmar que o Professor Roberto Santos é em vida o profissional mais completo da Bahia. No dizer de Edivaldo Boaventura, o maior baiano vivo. Suas atividades vão de Professor Universitário, a Reitor, Presidente do Conselho Nacional de Pesquisa, Presidente do Conselho Federal de Educação, Ministro da Saúde, Secretário de Saúde, Governador do Estado da Bahia, Deputado Federal, Presidente e fundador da Academia de Ciências da Bahia, entre outros títulos e cargos. Sinto-me muito privilegiada em ocupar sua cadeira, nesta honrosa Academia de Medicina da Bahia. 

Senhoras e Senhores,
A análise dos extraordinários currículos das duas personalidades sobre as quais falamos, mostra que ambos desenvolveram vasta atividade científica, administrativa e cultural ao longo da vida. Como pontos comuns, podemos afirmar que ambos dignificaram esta Academia com ideais e com exemplos. São assim pessoas de amplos e comprovados méritos, o primeiro deles de honrada memória e o segundo, dotado de brilho próprio e felizmente continua entre nós, plenamente ativo e participando das atividades deste sodalício.

A ambos peço a bênção e a proteção para prosseguir na jornada médica e pessoal, por mais difícil que possa vir a ser. Viver requer muita coragem, pois, como diz a grande poeta Cecília Meirelles, “não existem caminhos fáceis de andar.” Mas sempre poderemos trilhá-los e deixar algum exemplo positivo para os que virão depois de nós. Assim fizeram nossos mestres, como os dois perfilados aqui.

Agradeço primeiramente a Deus, aos meus mestres, em especial a Prof. Dra. Eliane Azevedo minha orientadora e meu paradigma, os pacientes que me ensinaram e me ensinam a ver com os olhos do coração, aos colegas, funcionários, amigos, enfim, a todos aqueles que deixaram rastros no meu caminho. Em especial a minha família, expresso a minha admiração e gratidão aos meus pais que mesmo não tendo oportunidade para segui com os próprios estudos perceberam que o caminho da educação e do conhecimento seria o grande legado que poderia deixar para os filhos. Á meus irmãos muito obrigado, a ajuda mutua nos tornou mais fortes e mais vencedores. Á THOMAZ, meu esposo e companheiro de 35 anos cujo Amor nos mantém firme e a meus dois filhos, (sim tenho dois filhos) LUCIANA cuja personificação do Amor é um exemplo de Carisma, Coragem e Luta e RODRIGO que mesmo do outro lado do caminho continua vivo em NÓS. E a aos dois dedico este momento especial e afirmando que as minhas lembranças de Amor serão sempre de vocês 

Como escreveu a poetisa CORA CORALINA “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre... ir ou ficar desistir ou lutar; porque descobri que no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir” 

EU DECIDI CONTINUAR AMANDO E CAMINHANDO. Por isso estou aqui com os senhores comemorando esta grande honraria que me foi dada no dia de hoje.

 Muito obrigada.
 

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