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Reine Marie Chaves
Reine Marie Chaves
Cadeira 50
22/05/2017
22:00
Discurso de Posse na Academia de Medicina da Bahia de Reine Marie Chaves Fonseca

Ilmº Sr. Professor Dr. Almério Machado, Presidente deste Sodalício, Academia de Medicina da Bahia, Exmº Sr. Dr. Fábio Villas Boas Pinto – Digníssimo Secretário de Saúde do Estado da Bahia Ilmº Sr. Professor Dr. Fábio Trujillho- Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, – Ilmº Sr. Professor Dr. Thomaz Cruz, meu eterno mestre, Ilmº Sr Professor Dr Antonio Carlos Vieira Lopes neste ato representando a minha queria ABM- Associação Baiana de Medicina, Ilma Sra Dra Zulmira Resende, neste ato representando  Academia de Medicina de Sergipe.|

Boa Noite Senhoras e Senhores!
É com muita gratidão que saúdo todos presentes nesta noite festiva e iluminada. Festiva por ser única como todas as celebrações da vida e iluminada por ser divina a sensação de estarmos reunidos neste espaço como se fôssemos uma constelação. E por falar em constelação gostaria de iniciar contando uma história que vem inspirando a minha vida, e minha trajetória nesta caminhada! A história de Loren Einsley.

“Numa praia tranquila, junto a uma colônia de pescadores, morava um escritor. Todas as manhãs, ele passeava pela praia, olhando as ondas. Assim ele se inspirava e, à tarde, ficava em casa, escrevendo.
 Um dia, caminhando pela areia, ele observou um vulto que parecia dançar. Chegou mais perto e viu que era um jovem pegando, na areia, as estrelas-do-mar, uma por uma e jogando-as depois de volta ao oceano.
- E aí? – Disse-lhe o jovem num sorriso, sem parar o que fazia.
- Por que você está fazendo isso? – Perguntou o escritor, furioso.
- Não vê que a maré baixou e o Sol está brilhando forte? Se estas estrelas ficarem aqui na areia vão secar ao sol e morrer!
O escritor até que achou bonita e louvável a intenção do garoto, mas deu um sorriso cético e comentou:
- Só que existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, meu caro. Centenas de milhares de estrelas-do-mar devem estar espalhadas por todas essas praias, trazidas pelas ondas. Você aqui, jogando umas poucas de volta ao oceano, que diferença faz?
-Para esta, eu fiz diferença
Naquela tarde, o escritor não conseguiu escrever. De noite, mal conseguiu dormir. De manhãzinha, foi para a praia.
O jovem pegava as primeiras ondas do dia com sua prancha. Quando saiu do mar e foi para a areia, encontrou o escritor. Juntos, com o Sol ainda manso e começando a subir, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano”.
E ao refletir sobre o oceano de possibilidades e os tantos desafios que já realizamos e temos pela frente, vejo que somos uma constelação humana e além de sermos as mãos que devolvem as estrelas de volta ao oceano, somos também as estrelas que têm a sorte de voltar para o mar pelas mãos mestras que fazem não só a diferença como também a soma na nossa jornada.
Nesta noite festiva e iluminada eu terei a honra de falar sobre um ser solar pertencente a uma das constelações mais brilhantes da nossa Academia de Medicina da Bahia. E ao estudar sobre ele percebi que a sua inteligência rara continua a brilhar e a nos inspirar ontinuamente.
Refiro-me ao professor Alicio Peltier de Queiroz que foi merecidamente homenageado pela Academia de Medicina da Bahia pela sugestão do nosso presidente da Academia o ilustríssimo professor Almério Machado. Professor Alicio tem o número 50 na cadeira que saberei honrar com senso de respeito, admiração e humildade. 
O Professor Alício Peltier de Queiroz foi um homem de espírito indomável como muitos amigos e contemporâneos o definem. Realizar é verbo que ele conjugou em todos os tempos e contratempos com senso de urgência e ao mesmo tempo de eternidade. Em 1927 e aos 21 anos formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahiacom a tese “Breves Considerações sobre a Physiologia da Puberdade na Mulher”, numa turma de estrelas da educação e prática médica na Bahia, da qual fizeram parte os professores Antônio Simões da Silva Freitas, Augusto Públio Pereira, Carlos Rodrigues Moraes, Eládio Lasserre, Hosannah de Oliveira, Jorge Valente, José Eugênio Mendes de Figueiredo, José Silveira, Luiz Rogério de Souza, Raymundo Nonato de Almeida Gouveia e Thales de Azevedo. 
 Com o diploma e as malas nas mãos o jovem Alicio decidiu devolver estrelas no mar de Vitória do Espírito Santo, onde durante alguns anos exerceu a medicina, a cirurgia, a ginecologia e a obstetrícia de forma integrada e sistêmica, fato este que a departamentalização da medicina atual não tem permitido a muitos. Hoje é grande o número de especialistas, e se não tivermos cuidado com a condução desta tendência terapêutica e educacional, correremos sérios riscos de sermos especialistas em “qualquercoisiologia”sem levar em conta a exata dimensão da nossa real humanidade e capacidade de nos enxergar com toda a integridade e complexidade da nossa natureza.
Tempo de retornar estrelas desta vez para a Baía de Todos os Santos. É dito que quando o aprendiz está pronto, o mestre aparece. E esta máxima se aplica à vida do professor Alicio. Em 1929 fez estágio de reciclagem em ginecologia no Hospital Santa Isabel junto ao professor Adeodato de Souza a quem ele sempre reverenciou pelas virtudes do seu mestre.
Em Salvador o professor Alicio conheceu o seu primeiro amor, a Luiza, e juntos deram vida à Maria. Com mais bagagem de aprendizados, ensinamentos e responsabilidades decidiu em família mudar-se para o interior e a opção foi a cidade de Itabuna. Trazendo esta escolha para os dias de hoje, quantos de nós tomaría esta decisão? Quantos futuros médicos estão se dedicando à medicina da família, olho no olho, face a face nos tantos municípios necessitados da Bahia?
A visão holística do ser é imprescindível para a relação medico paciente até porque acredito que adoecemos o corpo muitas vezes em consequência de dores na alma ...” onde está o meu doutor?” Que conhece a família e a cada um individualmente. Precisamos resgatar esta imagem do médico que o professor Alicio representou.

Hoje todos preferimos jogar nossas estrelas no mesmo lugar, o que tem gerado competição, e entre as estrelas do mar, o canibalismo é o que ocorre quando não há alimento suficiente. Isto nos parece tão familiar ...... Tempo de mudar o paradigma e ocupar o nosso território nacional com mais cooperação e humanismo. Somos também responsáveis pela semeadura de uma nova ordem sustentável e igualitária na medicina.
E foi exatamente isto que o Professor Alício fez.  Ao desembarcar no porto de Ilhéus com o vento soprando contra, devido ao atraso do lugar naquela ocasião colocou a mala no trem com destino a Itabuna onde iniciou uma vitoriosa saga que duraria 15 anos.
Inovador e à frente do seu tempo até mesmo para os dias de hoje, o professor elaborou e publicou os Annaes da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Itabuna, publicados por esta sociedade, fundada em 1º de dezembro de 1935, onde relatava com ineditismo as suas observações e de outros colegas. No seu sobrenome eu arriscaria acrescentar a palavra Legado, pois foi isso que percebi em toda a escalada rumo a sua própria superação.
Contudo, no caminho teve uma grande dor: a morte da sua mulher Luiza.
O tempo e a sorte se encontraram e o professor conheceu a sua Estrela Dalva e com ela deu vida a duas filhas: a Alba e Heloísa que junto a Maria, constituíram uma nova constelação familiar.  
 Esta constelação, prospera com seus três frutos e cada um duplica-os expandindo assim definitivamente a constelação Peltier de Queiroz.
Após disputado concurso em 1945, seu brilho de estrela solar o fez galgar a cátedra de Clínica Ginecológica na Faculdade de Medicina da Bahia ocupada pelo brilhante Professor Aristides Pereira Maltez, em que teve como concorrentes os doutores Antônio Maltez e José Adeodato de Souza Filho, que veio a ser posteriormente o Professor Catedrático de Obstetrícia. A partir daí começou a formar a equipe que o acompanhou durante muitos anos, da qual fizeram parte inicialmente os professores João Costa Filho, Jair Francisco Burgos, Hugo da Silva Maia, Geilza Cravo Batinga, e depois Adelmo Maurício Botto de Barros, Maria de Lourdes Rocha Santos, Lycia Vinhaes, Carlos Alberto da Costa Pinto Dantas, com os quais criou e implantou a “Escola de Ginecologia” da Bahia. E também deixou seguidores no seu vasto céu de mestre aprendiz.
O professor José Costa membro desta Academia é a prova viva do enriquecedor convívio e valiosos e perpétuos ensinamentos. Intitulando-se discípulo do professor Peltier.
Assim como o sol, o professor apreciava acordar muito cedo. Toda a equipe tinha que estar a postos para iniciar a cirurgia pontualmente e impreterivelmente às sete horas no Hospital das Clínicas. Nem os canhões do golpe de 64 invadindo as ruas impediam o curso da sua exemplar dedicação em ajudar o próximo. E é dele a máxima: “médico não é aquele que estuda a enfermidade sob puro critério científico; é o que se  solidariza com o enfermo; que se compadece da sua dor, e se sente compelido a dar-lhe a cura”. O seu poder de reconhecimento é louvável. Descobri nos escritos do professor José Costa os nomes da Hyeda Rigaude, enfermeira e da Senhora Antônia, assistente como sendo os braços direito e esquerdo da sua capacidade de atender a demanda de trabalho literalmente com precisão cirúrgica.  
Seu espírito inquieto instigava todos a sua volta a ascender academicamente e o topo era a Livre Docência, única qualificação acadêmica disponível na época. Dr. Augusto Lopes Pontes, Maria da Purificação Paim Burgos, Fortunato Trindade e Hilton Pina são representantes desta contínua busca do estado da arte na Medicina. Peltier de Queiroz era também muito bem-sucedido na sua clínica particular. Tinha uma agenda bem concorrida e operava com grande frequência no Hospital Português e posteriormente no Hospital Jorge Valente.
Mesmo contra a sua vontade e acredito que esperneando muito por dentro de si, aposentou-se aos 70 anos compulsoriamente da Faculdade de Medicina da Bahia em 1976, o que para ele nada mais era do que “um dispositivo ignóbil de uma lei cretina”.  Manteve-se ativo e recebeu muitas honrarias e bem no dia das suas 80 primaveras ganhou de presente do seu fiel seguidor e escudeiro, o professor José Costa: a inauguração do seu retrato acompanhado de uma placa comemorativa na sala da chefia da clínica de Ginecologia com os seguintes dizeres: Mestre e Modelo de incontáveis gerações de ginecologistas.
 Contudo, não posso me furtar a relatar algo que deixará o presidente da nossa Academia de Medicina da Bahia, o querido mestre Almério Machado e os demais pneumologistas aqui presentes, perplexos: O professor Peltier de Queiroz era um inveterado fumante de charutos! Só parou, a despeito de recomendações médicas aos 95 anos de lucidez. Mas, até neste ofício ele era um ser humano solidário. O seu amigo Hugo Adão recorda que ele sempre pedia para comprar uns charutos extras para presentear o gerente da sua fazenda.
Porém aos 96 anos, em 09 de junho de 2003, a nossa estrela não levantou da cama de novo. Na verdade, ela foi brilhar nas constelações dos notáveis. Peltier foi continuar a vida com os seus companheiros de medicina já em outro nível de luz. 
 Porque a gente não morre. Vira estrela. Assim é o nosso Professor Peltier de Queiroz. Que todos nós tenhamos a sorte de trilhar um caminho longo de 96 anos de feitos como o nosso professor Alício Peltier de Queiroz. E ficou claro perceber que, o que deu vida longa ao patrono da cadeira 50 dos imortais da Academia de Medicina da Bahia foi a visão de futuro e o fato de colocar-se a serviço de propósitos tão elevados.
Senti falta de mulheres na lista dos notáveis; e por isso me alegro em perceber que na Academia de Medicina da Bahia já há 5 médicas contando com o meu nome na lista. Alegro-me em perceber que estamos dia a dia conquistando o nosso lugar apesar dos muitos obstáculos por nós enfrentados, por vezes trípla  jornada diária de trabalho, mas que com muita engenhosidade transformamos em pontes de comunicação.
O amor pela missão nos conecta com o que ainda nem sabemos que somos capazes de realizar e isto se deve ao fato de termos encontrado nossos mentores durante a jornada. 
Aos professores Doutores Rodolfo Teixeira, Miriam Rabelo, Roberto Figueira Santos e Anita Guiomar Franco Teixeira (in memoriam), minha gratidão pelo que representaram de apoio na minha formação profissional 
Aproveito também agora este momento mágico para agradecer publicamente a quem considero meu pai científico: Thomaz Rodrigues Porto da Cruz.
Conheci o professor Thomaz Cruz como médico aos meus 18 anos, logo após iniciar minha vida universitária. Rapidamente de cliente passei a aluna, e tive a oportunidade de trabalhar com este grande mestre, desde o 4º ano do curso de medicina na Universidade Federal da Bahia. Sua dedicação, destreza e conhecimento profundo de clínica médica o distinguiam, e nos fazia reverenciar aquele conhecimento firme e sempre disponível.
Fui testemunha do seu brilhantismo, pioneirismo e entusiasmo na formação dos endocrinologistas do nosso Estado.
Nascido em Sergipe, baiano de coração, o Profº Thomaz Rodrigues Porto da Cruz, foi um dos grandes pilares do desenvolvimento da Endocrinologia da Bahia. Professor Adjunto e Livre    Docente desta disciplina na Universidade Federal da Bahia, o nosso grande professor foi responsável pelos caminhos nesta especialidade médica em muitos de nós que constituímos hoje a Sociedade de Endocrinologia e Metabologia da Bahia. 
Fiz residência médica e mestrado nesta Universidade, que tão gentilmente nos acolheu para celebração desta cerimônia. Sob orientação do Profº Thomaz Cruz, fiz minha tese de mestrado e também com seu incentivo transpus  as fronteiras do País, para um fellowship program, na George Washington University EUA – Minha carreira na clínica privada teve início junto a ele e meu querido amigo Osmário Salles, na clínica IDE – Instituto de Diabetes e Endocrinologia, onde permanecemos juntos até 1991.
Desta forma, o Profº Thomaz Cruz sempre esteve do meu lado, incentivando-me inclusive na candidatura para esta Academia.
Ao meu mestre, todo meu carinho e gratidão.
Tempo de devolver estrelas ao mar: missão da minha vida. Em 1994 juntamente com o apoio de uma constelação de pessoas comprometidas com o sonho de uma saúde pública de qualidade, fundei o CEDEBA: Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia reconhecido hoje nacional e internacionalmente nos seus 23 anos de assistência à saúde, tendo o SUS e governo do Estado da Bahia como alicerces. E lembrando das mãos jovens que devolvem as estrelas ao mar, sinto que fizemos e estamos fazendo a diferença para 75.000 pessoas assistidas pelo CEDEBA, que hoje conseguem viver, sonhar e receber uma assistência a saúde humanizada e integrada.
E a história do jovem e do escritor que devolveram as estrelas de volta ao oceano foi a filosofia motivacional para criação e desenvolvimento do CEDEBA. Assim somos nós fazendo o melhor no nosso universo.

E eu sou pura gratidão pela constelação de estrelas que ajudam a me aprimorar todos os dias da minha vida. 
À Secretaria de Saúde do Estado da Bahia que ao longo dos últimos 23 anos tem respaldado e apoiado meu trabalho, independente de qualquer política partidária; Ressalto aqui os agradecimentos especiais ao Senador Otto Alencar, que acreditou neste sonho e não mediu esforços para aprovação e criação deste centro. - Ao Dr. Jardivaldo Batista, Prof. Dr. José Maria de Magalhães Netto (in memorian) e Dr. Raimundo Perazzo (in memorian), Dr. José Antônio Rodrigues Alves, Dr. Jorge Solla e Dr. Fábio Villas Boas Pinto, Secretários de Saúde do Estado ao longo destes anos, a minha gratidão, pelo apoio nesta caminhada. - À equipe do CEDEBA família que adotei, por dividirem comigo esta missão.
Em especial as Dras Maria Teresa Nunes Gouveia, Odelisa Silva de Matos, Júlia de Fátima Coutinho e Anadalva Trigo, que iniciaram comigo a idealização deste centro, e foram pilares de sustentação deste sonho. Em seguida, às Enfermeiras Maria das Graças Velanes de Faria e Zolândia Oliveira Conceição, que junto às Dras Lia Medeiros Freire de Carvalho, Flávia Resedá, Débora Mello, Tereza Arruti Rey, Jeane Salles Macedo, Ângela Hiltner,Maria das Graças Machado, Amália Porto e Adriana Coimbra tem unido esforços com dedicação para que a missão do CEDEBA seja uma realidade. Mais recentemente o Dr. Alexis Guedes, integrou-se a nossa família, dando início à residência Médica em Endocrinologa no CEDEBA, além de um grupo de jovens endocrinologistas, como o nosso presidente nacional da Sociedade brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Dr. Fábio Trujilho, aqui presente nesta mesa. Ressalte-se também a participação do Dr. Luis Fernando Fernandes Adam, hoje Diretor da Faculdade de Medicina da UFBA, que muito contribuiu com dedicação junto a Dra. Ana Cláudia Couto, para o desenvolvimento da Endocrinologia pediátrica do CEDEBA. Em especial ainda a minha gratidão aos Srs. Edson Moreira e Leonardo Nicolau Soares, “fieis escudeiros” a todo momento na administração do Centro e à Sra. Clélia Conceição Dórea, minha secretária, meu reconhecimento pela fidelidade, amizade e dedicação nestes 23 anos. 
A todos os colegas endocrinologistas e da equipe multiprofissional coordenadores e ex. Coordenadores, líderes de serviço e funcionários que ao longo destes anos acreditaram esta proposta e nos ajudam na construção e excelência deste serviço.
As estrelas que já partiram para outra esfera de luzes.
Às Enfermeiras Maria Neuza de Melo Ribeiro e Regina Lúcia Oliveira que iniciaram comigo o sonho do CEDEBA e aos Drs. Celso Oliveira Guimarães, Ana Lúcia Sampaio, Benedita Couto Maia e a Sra Maria Amorim Flores.
O reconhecimento pelo amor dedicado ao nosso trabalho.
Permitam-me agora um momento de agradecimento pessoal às estrelas que me trouxeram a vida:
 À memória do meu pai, Raul Chaves, professor catedrático de direito penal da Universidade Federal da Bahia, exemplo de amor e dedicação a profissão, que por tantas vezes, aqui nesta reitoria, demonstrou seu compromisso com esta universidade. Inspiração contínua, semeadas nas palavras de Antoine de Saint Exupery, que ele grifara no livro Terra dos Homens, ao me presentear, quando aprovada no vestibular de medicina.
“A grandeza de uma profissão é antes de tudo unir os homens. Ser homem é sentir-se responsável pelo destino dos homens na medida do seu trabalho. É sentir vergonha face a uma miséria que não parece depender de si. É sentir-se colocando sua pedra que contribue para construção do mundo” (Antoine de Saint Exupéry, em Terra dos Homens)
 Por vezes, estas palavras ecoaram e reverberaram na minha caminhada, fazendo-me persistir, lutar e perseguir meu ideal.
A minha mãe, Myrthes, aqui presente, forte como “Jequitibá”. Árvore frondosa de grandes raízes. 
Exemplo de força e coragem para mim, a cada momento de minha vida.
Meu grande apoio.
Minha mãe: meu amor e gratidão para você sempre!
À minha constelação de amor:
Luciano, meu esposo e companheiro de caminhada – incentivo e orgulho do meu trabalho: Sua compreensão e cumplicidade foram fundamentais para que eu pudesse voar sem amarras, e conseguisse atingir meu plano de vôo: minha missão 
Muito obrigada! Meu amor!
Minhas duas estrelinhas:
Rafael e Ludmila
Rafael já advogado e Ludmila hoje nossa colega
 Souberam compreender desde cedo a necessidades de dividir o meu amor com a medicina... Compreenderam as ausências e vibraram a cada conquista desta mãe
Obrigada Lud e Rafa, por existirem em minha vida: amo vocês.
As estrelas da minha constelação de irmãos: Ivone, Antonio Luiz, Ângela, Raul e Lana.
Apoio constante na minha trajetória, nos momentos difíceis e de vitórias: Sempre presentes. Elos de amor na minha vida!
Um agradecimento particular a Ângela:: minha “pró” primeira, que me alfabetizou em Português, Inglês , e nos acordes do violão!
Aos meus sobrinhos Adriano e Paulo, Maiza e Guilherme, Daniel e Angela , prolongamento do amor aos meus irmãos, em especial a Maiza, companheira e solidária, sempre, a cada dia desta jornada até aqui.


Amigos são irmãos que escolhemos na vida! Indispensáveis ao nosso equilíbrio vital; alicerces na nossa caminhada. Inicio agradecendo a uma estrela da grande constelação desta Academia: O Profº Dr. Jorge Luiz Andrade Bastos. Colega de turma, amigo e compadre! Apoio e incentivo na minha caminhada até esta Academia.
Entre muitos outros aqui presentes, nos nomes de Osmário Jorge de Matos Salles, Ângela Neves Hiltner, Sônia Martinez Vidal e Gilna de Sá Americano da Costa, agradeço a todos os meus amigos irmãos: 
A presença de vocês nas lutas cotidianas, o estímulo e força me deram a certeza que podia avançar sempre sem medo. Vocês estariam ao meu lado.
Gratidão sempre!
Meus agradecimentos ainda a toda a minha família: meus tios e tias, em especial, Terezinha e Lourdes Bacelar, primos e primas, cunhados e cunhadas que juntos completam minha constelação familiar.
À Maria Odilia, que me viu crescer e tem acompanhado com entusiasmo todos os meus passos.
Vocês fazem parte do porto seguro da minha vida.
Não poderia esquecer minhas estrelas que vivem em outra dimensão.  
À minha  Baba, outra mãe que a vida me presenteou e aos  meus tios, Alda e Gecira, Pinheiro e Edson, que já vivem em outro nível de luz e , certamente, de onde estão, continuam a emitir para mim, vibrações de amor.
Um agradecimento especial também  àqueles que contribuíram e me ajudam cotidianamente nos bastidores da minha rotina diária, tornando por vezes mais leve o meu terceiro turno e possivel a minha dedicação maior à medicina: à Lia, Almira, Elisangela, Vilma e Sr Galdino, o meu reconhecimento por estes muitos anos de dedicação
E não por fim, mas sempre acima de tudo, à Espiritualidade maior que permitiu a minha vida e conduz todo meu caminhar renovando   minha esperança e fé, a cada momento.
Agradeço a todos pela presença e por estarem me proporcionando um sentimento de felicidade que vai além das estrelas que juntos estamos devolvendo ao mar.
Somos seres solares e portanto precisamos deixar rastro de evolução no nosso mais intimo e verdadeiro encontro com a luz.
E olhando para o vasto céu e chão, que temos pela frente a percorrer se Deus quiser, me reporto a Chales Chaplin
“Bom mesmo é ir à luta com determinação. Amar a  vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignifican
 

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